Poderoso instrumento para as metas do Acordo de Paris sejam cumpridas (por Marina Grossi, Valor Econômico 13/07/2018), PODEM SER GRANDE INSTRUMENTO para as empresas Brasileiras.
Considerada como um tema etéreo demais por quem não está envolvido nos debates a seu respeito, a precificação de carbono está no centro de uma série de mudanças em curso no meio empresarial que devem se intensificar nos próximos anos. Apesar de ainda não existir um mecanismo global de precificação de carbono, formas de valoração vêm sendo testada no mundo todo, diante da certeza de que estamos caminhando inexoravelmente para uma economia de baixo carbono. O movimento que começou em 2005 com poucos países envolvidos no tema, ganhou consistência após o Acordo de Paris em 2015, e já é realidade em 45 jurisdições nacionais e 25 subnacionais, cobrindo 25% da emissão mundial e hoje se espalha pese espalha pelas redes sociais - #putapriceoncarbon.
No mundo todo, cerca de 1500 empresas já vêm adotando um mecanismo de precificação interna, que é um preparo sobre como atuar no mercado global quando ele chegar e quanto ele vai custar para cada uma delas. A precificação voluntária permite também que recursos sejam alocados para tecnologia de baixo carbono, estimulando investimento em pesquisa e desenvolvimento. Além disso, a precificação possibilita que as companhias possam aprimorar processos de gestão de riscos financeiros relacionados às mudanças de clima, ajudando a identificar riscos e oportunidades de geração de receitas. O valor anual dessas emissões tributadas ou negociadas nos mercados regulados de carbono aumentou 6% em 2017, atingindo US$ 52 bilhões, frente a US$ 49 bilhões no ano anterior. A expectativa do relatório de tendências do Banco Mundial, é de que esse volume chegue a mais de US$ 700 bilhões.
https://www.valor.com.br/opiniao/5656979/precificacao-de-carbono-opotunidade-porta