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Gás natural pode ser combustível-ponte para o futuro com baixo carbono

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Após dois anos de pesquisas sobre o cenário energético dos Estados Unidos, pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) estão incentivando os legisladores a considerar o gás natural como uma alternativa viável de curto prazo às antigas usinas elétricas movidas a carvão.


No relatório intitulado "O futuro do gás natural", publicado em junho, os cientistas concluíram que as concessionárias de energia elétrica e outros setores da economia americana estarão usando mais gás em 2050, data em que, segundo os planos do governo federal, as emissões dos gases de efeito estufa deverão ser reduzidas à metade dos níveis de 2005.


O consumo nacional de energia elétrica já caiu substancialmente, e continuará se achatando com a queda da demanda e a política de custos das emissões de gases. Mas, segundo o relatório, como uma usina movida a gás natural emite 50% menos dióxido de carbono do que as usinas convencionais a carvão, "a participação do gás natural no consumo energético total do país deverá crescer dos 20% atuais para cerca de 40% em 2040."


Apoiada principalmente pela American Clean Skies Foundation, um think tank criado e financiado pela indústria de gás natural, a pesquisa foi liderada por Ernest Moniz, professor de física e diretor da MIT Energy Initiative, e cujo nome sempre é aventado em Washington para o cargo de secretário da energia. Ele e sua equipe admitem que as políticas energética e climática dos Estados Unidos ainda estão em evolução, e seu futuro é incerto. A maioria deles, no entanto, acredita que o avanço das tecnologias de perfuração terrestre de gás natural criou um cenário favorável a um boom do setor, que é analisado no relatório sob vários aspectos.A equipe concorda que o gás natural é uma opção para o corte das emissões das usinas elétricas e uma solução de curto prazo para o aquecimento global. Por outro lado, alerta que os legisladores devem se manter abertos à necessidade de energia nuclear e à tecnologia de captura e seqüestro de carbono (CCS, na sigla em inglês) das usinas movidas a carvão.

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